A sessão de abertura ficou a cargo de Francisco Rocha, presidente da Assembleia Geral. Este dirigente desejou, “que os Órgãos Sociais que vão continuar e aos que agora iniciam este mandato nos ajudem a continuar a trilhar este caminho, iniciado em 2014, e que visa, fundamentalmente, continuar a construir uma AFVR mais organizada, melhor preparada e mais capacitada para todos os desafios que o seu escopo legal determina e exige”. Tudo isto com “rigor, transparência e diálogo com os clubes, dirigentes, atletas e árbitro”, mas também isenção, lealdade e cooperação”. Francisco Rocha faz votos que seja possível continuar a “apostar na sustentabilidade financeira, na formação, na inovação e na capacitação em busca de um futuro cada vez melhor para a nossa AFVR”. Posteriormente, deu posse aos novos órgãos.

António Silva, presidente da Direção da Associação de Vila Real, fez questão, de “agradecer aos elementos cessantes pelo trabalho desenvolvido ao longo deste primeiro mandato” e “salientar que todos os que saíram, saíram por motivos pessoais e profissionais”. Nessa linha, afirmou que “houve uma necessidade de reajustamento naquilo que é a funcionalidade dos nossos órgãos”. Aos novos elementos que hoje tomaram posse “desejo que sejam muito bem-vindos à família da Associação de Futebol de Vila Real”. Sem nunca esquecer o caminho percorrido, António Silva quis deixar uma palavra “para aqueles que continuam connosco desde a primeira hora”. Estes são símbolo de “fidelidade, credibilidade e, porque não dizê-lo, de uma amizade profunda que temos construindo ao longo desde primeiro mandato”.

Em retrospetiva, o presidente referiu que “se há quatro anos atrás muitos dos agentes desportivos que para nós olhavam se mostraram céticos àquela que seria a nossa caminhada, os nossos objetivos... se hoje aqui estamos significa que o trabalho foi profícuo, que demonstra credibilidade da instituição, mas também das pessoas que nela têm trabalhado muito honrosamente”. Nesse sentido, fez questão de recordar aquilo que foram os últimos 4 anos. António Silva frisou o “trabalho realizado”, que começou pela mudança de imagem”. Ato continuo, refere que “hoje olhamos para o símbolo da Associação e vemos uma mudança”, pois esse símbolo “representa a mudança”. A imagem que trilhamos “através dos serviços, as condições que os nossos funcionários têm hoje são completamente diferentes daquilo que existia há 4 anos”, bem como “os apoios a nível da logística nas seleções distritais, dos equipamentos desportivos e que são equipamento que levamos para todos os torneios interassociações, para todos os treinos, também representam uma mudança significativa”. António Silva lembrou, ainda, as alterações regulamentares, o elevado número elevado de competições que passamos a realizar: desde as taças distritais de futebol para os escalões de formação, bem como as “final four” de futsal, play off de subida no futsal, inclusivamente, tivemos uma mudança significativa naquilo que foram os encontros de traquinas e petizes. Quisemos alargar a prática desportiva da base. Uma mudança que se apraz registar, conjuntamente com os términos do campeão distrital do escalão de benjamins, passando para encontros sem o famigerado título de campeão distrital. Quisemos, com isto, promover a pedagogia no futebol e desporto pelo desporto e a vitória, respeitando sempre o próximo e o adversário que todos os fins-de-semana contrariam as equipas com quem jogam”.

Um facto notório, foi a descentralização: “Realizamos atividades em praticamente todos os concelhos do distrito de Vila Real”.

Agora em números: se “há quatro anos tínhamos cerca de 3200 atletas federados, congratulamo-nos com a aproximação dos 4000 mil atletas em 2019”. Se no passado “tínhamos 46 clubes, passamos a ter 50”. São número que resultam de “um trabalho profícuo de todos, sem exceção: dos clubes, dos municípios, mas também da direção cessante”.

Aliado a todo este trabalho, “uma das promessas eleitorais que fizemos, foi a proximidade com todos”. E isso verificou-se: “em todas as circunstâncias, em todos os momentos, estivemos presentes. Dissemos “estamos aqui com vocês” e “é com vocês que queremos caminhar”.

No seguimento do trabalho desenvolvido, não faltou uma “palavra de apreço ao trabalho desenvolvido pelo gabinete técnico e pelos serviços da AFVR”, sem esquecer “a equipa da direção da qual tive o prazer de liderar: sem vocês nada disto teria sido possível. Temos feito um caminho muito longo, com espírito de sacrifício enorme, mas que a amizade e relação de proximidade e empatia entre todos, tem levado a que o nosso ambiente, um ambiente de cordialidade, mas acima de tudo um ambiente de determinação naquilo que é a vida associativa.... é dar a vida aos outros”.

Em perspetiva daquilo que é a nova caminhada, António Silva foi assertivo: “a AFVR tem hoje uma missão bem clara, aquilo que pretendemos e escolhemos para o futuro é trabalhar em prol dos atletas, em prol dos dirigentes, em prol dos clubes. Essa é a nossa missão que queremos vencer”. Contudo, “há que dizer que há novos desafios a trilhar”. Quem conhece as Associações como a de Vila Real e outras de pequena dimensão, sabe que temos o desafio da fidelização daqueles que já estão connosco, queremos crescer, mas em primeiro lugar fidelizar aqueles que aqui estão”. Posteriormente, “trilhar novos caminhos”, como é o caso do “caminho da certificação, que a própria federação fez questão de nos exigir e muito bem”. Futuramente, “o desafio da área de recreação e lazer, pois se somos uma densidade populacional com mais “idosos”, há uma necessidade premente de enquadrarmos essa gente e esses praticantes dentro da família da AFVR”. Temos também novas áreas a explorar, como o marketing, projetos de futebol feminino e projetos de futebol no primeiro ciclo.

Porém, para António Silva “há, ainda, dois desafios, a nível nacional: primeiro o plano nacional para a arbitragem que não compete só à Associação de Futebol de Vila Real e reconhecemos, publicamente, que o nosso trabalho com a arbitragem não foi aquilo que nós pretenderíamos que fosse. Temos que assumir um conjunto de vicissitudes que são do conhecimento de toda a gente, que nos levou a tomar um caminho que não queríamos”. No entanto, dizer “que ao nível da Federação e da Liga de Clubes, na nossa ótica, o plano nacional de arbitragem tem avançado, com uma necessidade de recrutamento de novos árbitros para garantir o futuro e esse plano nacional”.

Um outro desafio a nível nacional, “que o presidente da Federação Portuguesa de Futebol incluiu no seu plano estratégico”, e “que na nossa ótica é o cerne de toda a questão: o estatuto de dirigente desportivo”. Para o presidente da AFVR “é premente e urgente que o poder central e que a Federação Portuguesa de Futebol, conjuntamente com as Associações, exija um reconhecimento e valorização de todos os agentes desportivos, sob pena que o futuro do movimento associativo caia numa decadência da qual associações como a de Vila Real possam ter esse futuro hipotecado.

António Silva terminou a sua intervenção “com o sentimento de profunda gratidão: gratidão por todos aqueles que comigo têm caminhado, mas também gratidão aos presidentes dos clubes e aos representantes de jogadores e treinadores, que confiaram em mim e na equipa que me acompanha, a liderança para um segundo mandato! A todos vocês, muito obrigado, inclusivamente pelo sentido de responsabilidade que tiveram, ao virem votar mesmo sabendo que a lista era única. Isso acresce-nos a todos uma maior responsabilidade naquilo que é exercer esta função”.

Por sua vez, Herminio Loureiro vice-presidente da Federação Portuguesa de Futebol saudou todos os presentes na cerimónia e deixou uma “referência inicial, que é de elementar justiça e que se deve enaltecer, que é tendo sido um processo eleitoral pacífico, de lista única, ele foi altamente participado”. Outro destaque vai para “a presença de tanta juventude nos órgãos sociais da AFVR e também de mulheres. Porque, conforme disse o Presidente da Direção, é um objetivo estratégico do futebol feminino, mas mais do que os discursos também dar oportunidades às mulheres para que exerçam a função de dirigente desportiva benévola ou, até, profissional”.